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Círculos de Diálogos

           Os Círculos de diálogos serão espaços para as discussões das pesquisas realizadas por estudantes de graduação. Com o objetivo de se dialogar sobre os temas, perspectivas e metodologias, as rodas de conversas serão coordenadas por pesquisadoras/es de várias áreas do conhecimento que farão a mediação do diálogo. Poderão submeter trabalhos estudantes de graduação de qualquer área do conhecimento nos círculos dialógicos pertinentes aos temas abordados nas suas pesquisas. 

 

LISTA DOS CÍRCULOS DE DIÁLOGOS:

C.D 1 -  INTERDISCIPLINARIDADE E RELIGIÃO

Proponentes: Daniel dos Santos Carneiro (MIH-UNILAB) e Edmar Luiz de Souza (MIH-UNILAB)

 

Propõe-se neste círculo de diálogo criar um ambiente voltado para discutir pesquisas de estudantes de graduação, voltadas para a religião numa perspectiva tanto disciplinar como interdisciplinar, concluídas, iniciadas ou em andamento. Desta forma, pensar e discutir sobre religião nos mais diferentes aspectos como: conflitos entre matrizes religiosas; representações entre religião e raça; religião e educação; religião e cidade; religião e semiárido e religião e cultura não material, são algumas das vertentes possíveis de se pensar diálogos e pesquisas interdisciplinares em religião.

 

C.D 2 - ESTADO, POLÍTICAS PÚBLICAS E CONTROLE SOCIAL

Proponentes: Alexandra Andrade Sales (MIH/UNILAB) e Isabelle Marques Barbosa (MIH/UNILAB)

 

O presente círculo de diálogo propõe compreender os elementos que integram o universo das políticas públicas e a constituição de práticas inclusivas no atendimento às necessidades coletivas e individuais no âmbito social, cultural, político e ambiental. Deste modo, expõe fundamentos teóricos e significados contemporâneos que giram em torno de conceitos como “estado”, “políticas públicas” e “controle social”, tomando como eixo metodológico uma perspectiva interdisciplinar; analisa as relações existentes entre Estado e sociedade civil incluindo a identificação de estratégias de gestão que viabilizem o processo de inserção e participação da sociedade na vida pública. Delimita-se aqui como a globalização influencia atualmente as transformações no estado de bem estar social repercutindo na exclusão ou na implementação de políticas setoriais, bem como inscreve no centro das análises a importância dos processos participativos a partir dos dilemas e tensões advindos da reconfiguração do Estado na contemporaneidade. O atual círculo visa estabelecer uma relação dialógica com a comunidade acadêmica e demais setores da sociedade discutindo os desafios e possibilidades que envolvem as práticas de avaliação de serviços prestados concretizados através das políticas públicas, e a reflexão sobre o processo de consolidação da democracia a partir do protagonismo e da implementação de demandas da sociedade civil.  

 

C.D 3 - PRÁTICAS E PESQUISAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Proponente: Bruna Soraia Ribeiro Maia (MIH-Unilab)

Este Grupo de Trabalho pretende criar um espaço para discussão interdisciplinar sobre investigações que tenham como objetivo pensar as questões referentes às práticas de ensino e pesquisa no âmbito das escolas de educação básica. Propiciando diálogos enriquecedores entre docentes atuantes e\ou estudantes pesquisadores no que concerne a refletir sobre as pesquisas desenvolvidas e os saberes docentes. Com a proposta de dialogar sobre as experiências de ensino e aprendizagem na escola, as práticas inovadoras, a didática e formação de professores, os projetos pedagógicos e o trabalho docente. A intenção é aproximar os pesquisadores criando condições para a colaboração mútua através dos relatos e debates. Assim, este Grupo de Trabalho pretende oferecer um espaço para discussão e aprofundamento das questões relacionados ao cotidiano docente e as vivências educacionais, que se efetivem na prática ou na pesquisa, na busca de compreender de forma mais detalhada esses processos. Buscando um resgate da noção de cotidiano e sua ressignificação pela ação dos indivíduos em suas práticas e espaços sociais (Certeau, 1994). O estudo do cotidiano propõe trazer visibilidade para o complexo processo de reprodução social, em que valores, crenças, elementos sócio cognitivos e afetivos, conflitos individuais e coletivos se consolidam ou se desfazem, em um fluxo de permanências e inconstâncias, de acomodação ou de tomada de consciência. Assim sendo, o conhecimento do cotidiano possibilita descobrir diferentes significados e dimensões da realidade, tornando possível planejar ações que permitam transformá-la.

 

 

 

C.D 4 - DIÁLOGOS DA AGRICULTURA FAMILIAR E SOCIEDADE

Proponente: Mykaelly Morais Vieira (UNILAB)

Este grupo de trabalho recebe propostas que reflitam sobre a agricultura familiar na conjuntura social, integralizando os conhecimentos da ciência agronômica em diálogo com as humanidades e os saberes desenvolvidos na atividade agrícola. Considerando que a sociedade possui uma relação dialética com a natureza capaz de intervir nela, o processo estrutural do mundo rural evidencia a pertinência desse grupo de trabalho, tendo em vista as dimensões ambiental, cultural e social existentes na agricultura que lhe dão esse caráter interdisciplinar. Buscamos evidenciar a agricultura familiar enquanto categoria de discussão agronômica, permeada pelos estudos multirreferenciais. Objetiva-se integralizar trabalhos que reflitam sobre a agricultura familiar em todo seu contexto histórico, político e cultural, além de estudos com perspectivas mais amplas sob a base ecológica e diálogos construídos a partir dessa. Debater sobre a agricultura familiar nessa conjuntura é pertinente, considerando seu caráter sociocêntrico. Neste enfoque considerando que a sociedade reage às mudanças da natureza e a natureza por sua vez responde aos acontecimentos nas sociedades, esse grupo de trabalho aceitará trabalhos que integrem a compreensão do arranjo social, histórico e político permeado na agricultura familiar. Partimos do princípio de que tal temática é um campo interdisciplinar de estudo, portanto, nesse cenário ocorrem relações entre o homem e a natureza e dessas relações são gerados serviços importantes para a sobrevivência humana. O campo agrícola passa a ser, desse modo, um espaço de interrelações entre agentes sociais, essas resultam em estratégias autônomas de cunho familiar principalmente quando essas famílias passam a serem unidades de produção e nesse sentido objeto de estudo. Serão aceitos trabalhos agronômicos que busquem compreender os processos sociais da produção agrícola, os desafios da agricultura familiar na conjuntura moderna, além de estudos da agricultura sob uma perspectiva ecológica de compreensão mais ampla incluindo aspectos socioculturais e ecológicos multirreferenciais e interdisciplinares.

 

C.D 5 - DIÁLOGOS ENTRE EDUCAÇÕES, TRABALHO E MOVIMENTOS SOCIAIS

Proponente: Miqueias Miranda Vieira (MIH – UNILAB)

Nesse grupo de trabalho/ círculo dialógico serão aceitas propostas que apresentem estudos que reflitam sobre as educações em suas diversas modalidades, movimentos sociais e a relação imbricada desses na categoria trabalho e desse em seu sentido educativo. Entendemos que ambas as categorias estão contextualizadas nos diversos arranjos históricos, sociais e políticos e no campo educacional brasileiro e dos países da CPLP o trabalho surge com diversas intencionalidades, tanto em seu princípio ontológico como em sua relação prática nas diversas formas educacionais e na própria finalidade e sentido dos movimentos sociais. Podemos contextualizar os fundamentos do trabalho nas educações, seja nos princípios de educação formal com a prática docente, a gestão escolar, a ação e compreensão discente sobre trabalho, e nos modelos de educação não formal e informal por meio da compreensão e disposição dos agentes sociais sobre tal categoria e nos sentidos do trabalho expresso nos movimentos sociais. Nesse eixo busca-se congregar reflexões acerca do trabalho, seu sentido ontológico e histórico, e em modalidades de educação, condições de trabalho no ensino escolar e de educações não formais e informais, sentidos e práticas educacionais em movimentos sociais, integração do trabalho em modelos de educação, e aspectos teórico-metodológicos da educação e trabalho em diferentes perspectivas.  Portanto, serão aceitas propostas que discutam sobre o trabalho, sobre a educação em suas diversas modalidades e sobre as relações de diálogos entre as duas categorias que surgem como eixos multirreferenciais e interdisciplinares de pesquisa nas humanidades.

 

C.D 6 -  EDUCAÇÃO, POLÍTICAS E DEMOCRACIA.

Proponente: Francisco Érick de Oliveira (MIH- UNILAB)

Propõe-se criar, neste círculo de diálogo, um campo de confluência de estudos e pesquisas de estudantes de graduação, que estejam concluídos ou em andamento, que discutam questões em torno da Educação e da escola, a partir de uma percepção democrática do Estado, abordando categorias analíticas como (in)justiça e desigualdades sociais, por exemplo. A educação, neste sentido, pode ser abordada tanto em condições metodológicas macroestruturais, quanto subjetivas; tanto em suas dimensões políticas e de Estado, quanto a partir das relações cotidianas entre atores plurais, etc. O tripé (in)justiça social – (in)justiça escolar – (in)justiça social encontrar-se-á no centro de articulação entre a Educação e a escola para a construção e compreensão de uma Democracia engajada com a justiça complexa (ou não). A Educação e a escola são percebidas como espaços concretos e idealizados para a realização da justiça social, mas que podem, também, se estruturar como engrenagens na formação problemática de injustiças sociais-escolares-sociais. Estes conceitos são fundamentais para a caracterização mínima do perfil das propostas a serem dialogadas. A interdisciplinaridade, também, ocupa um lugar importante para compreender a Educação e a escola, a partir dos elementos elencados, pois coordena os horizontes epistemológicos, na tentativa de expandir e problematizar as dimensões reflexivas dos dados e dos conceitos.

C.D 7 - RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: IDENTIDADES NEGRAS, DESCOLONIZAÇÃO DO SABER E EDUCAÇÃO

Proponente: Paulo Cesar Alves Garcia (MIH– UNILAB) e Márcia Albuquerque (MIH– UNILAB).

Os avanços das pesquisas acerca das relações etnicorraciais nas mais variadas áreas do conhecimento, a exemplo da Sociologia, da História, da Antropologia, dos Estudos Críticos do Discurso, dentre outros, têm contribuído para que fenômenos sociais complexos, como o racismo e a xenofobia, sejam desvelados, melhor compreendidos e, consequentemente, combatidos. No campo da educação, epistemologias que surgem a partir das especificidades do Sul global, em uma perspectiva contrária à lógica eurocêntrica, oferecem relevantes contribuições para a descolonização dos currículos escolares e para a valorização da diversidade, em toda a sua amplitude. Neste sentido, este círculo dialógico objetiva promover um espaço de debate no qual as temáticas voltadas para as relações etnicorraciais adquirem um papel central em nossas reflexões. São bem-vindos trabalhos e relatos de experiência que abordem os desafios contemporâneos concernentes ao combate do racismo e da xenofobia, à Lei 10.639/03, seus impactos e potencialidades, bem como investigações que se debruçam sobre teorias descoloniais que se propõem a repensar o modo como os currículos escolares são concebidos e mantidos nos diversos níveis da educação no Brasil e em países que integram a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

 

C.D 8 - A ORALIDADE E PERMANCE COMO MEIO DE PENSAR A EXPERIÊNCIA SOCIAL

Proponente: Diego Bezerra Belfante (PPGH – UFC)

Quando falamos sobre a oralidade lidamos com mais do que palavras, falamos do domínio da performance. A performance diz também de corpos que dão volume e peso para essa voz provendo-a de qualidades que a tornam uma emanação desse mesmo corpo o representado na forma sonora. É um saber expressar-se de forma a carregar emoção no falar. Se tomarmos como padrão para performance essa maneira de saber ser que Paul Zumthor coloca em sua obra nos encontramos diante de uma questão que não pode deixar de ser abordada. A relação entre performance com o corpo e a oralidade. Uma vez que a voz é uma emanação do corpo, por tanto, existindo no tempo e no espaço ela nos fala de seres humanos e suas emoções. A performance é algo que garante a eficácia do que é dito graças a energia que a linguagem corporal transmite as palavras. Ela se liga a experiência social acumulada e transmitida de geração a geração. Toda performance é única desvanece, no tempo, mas deixa marcas, rastros que podem servir como ponto de partida para discussões sobre a experiência como formadora de sociabilidades que orientam o agir no mundo. Sendo assim essa proposta de círculo de diálogo tem como objetivo receber propostas de comunicação que busquem realizar diálogos sobre questões referentes a performance e a oralidade em suas relações com as discussões para das ciências humanas sobre a oralidade, performático e a experiência na constituição de novos caminhos e possibilidades de analise sociocultural. Bem como promover reflexões teórico-metodológicas sobre a performance, a experiência e a interdisciplinaridade como meio para construção de conhecimento nas ciências humanas.

C.D 9 - GÊNERO, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE

Proponente: Santana Glícia Menezes Maia (MIH- UNILAB)

 

 Partindo da concepção de gênero como uma categoria útil de análise e como uma forma de falar sobre sistemas de relações sociais e sexuais, o presente Círculo de Diálogo tem como objetivo articular reflexões acerca das temáticas de gênero, sexualidade e diversidade em variados contextos. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, o Círculo de Diálogo propõe reunir estudos de diferentes áreas do conhecimento, para possibilitar diálogos que contribuam para evidenciar as diferentes vozes no campo dos estudos de gênero, sexualidade e diversidade, como por exemplo, as diferentes demandas e lutas das mulheres, diversidade de experiências LGBT. Portanto, em consonância com a proposta do evento, no que diz respeito às possibilidades de interlocução entre diversos saberes, o Círculo de Diálogo acolherá estudos que venham ao encontro da proposta temática ora apresentada. Aceitam-se trabalhos resultantes de pesquisa empírica, bibliográfica, relatos de experiências e possíveis outras expressões e linguagens audiovisuais. Destaca-se também que o interesse em propiciar um espaço de conversação e reflexão se justifica pela necessidade de enfrentamento das desigualdades de gênero em vários contextos sociais e culturais. De igual modo, busca-se trazer para o foco do debate reflexões que possam contribuir para a igualdade de gênero em todas as dimensões da vida.

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